Por quanto será que passei sem te escrever uma palavrinha sequer? Um dia? Uma semana? 15 dias? Um mês? Não sei, mas é estranho e absolutamente provável que eu esteja louca, mas sinto que lhe escrevo todos os dias, horas, minutos, segundos na minha cabeça. Tirei um tempo da minha preciosa tarde – no qual passo grande parte lendo, você sabe né? Não resisto a um livro – e numerei algumas coisas que detesto em você, são seis pequenos itens. Número um: Detesto quando você sorri. Sério, pra quer sorrir? Você sabe o poder que seus dentes meios certos causam em – em mim no caso – alguém? Tem noção disso? Vou tentar explicar o quanto me incomoda o fato de você sorrir. Sabe o sol? Grandioso, brilhante, espetacularmente lindo... É o seu sorriso. Como o sol, ele se esconde quando estar escuro, desaparecer, evapora, mas quando chega as cores, a luz, ele se revela, se transforma – me transforma – e emoldura o seu rosto. Ah seu rosto! Número dois: Detesto seu rosto. Nunca entendi pra quer um par de olhos tão profundos assim? Tão vivos? Tão lindos? Quando olho em seus olhos me sinto penetrada, contemplada, como se você pudesse revelar meus mais profundos sentimentos. Já a sua boca, pra quer uma boca tão uniformemente perfeita assim? Sério, e quando você estar bravo e entorta ela? Meu deus, é o paraíso. Número três: Detesto a sua voz. Quando estou sozinha costumo escutá-la sussurrando em meu ouvido e isso é perturbador cara, me faz suspirar. Eu me sinto fora de orbita, fora de nexo, fora de contexto quando você apenas sussurra meu nome, ah como ele fica bonito na sua voz. Número quatro: Detesto seu abraço. Você sabia que eu nunca tenho vontade de soltar? O que é horrível porque me sinto presa a algo que não é meu. Algo que não é meu, como eu queria que seu abraço fosse apenas meu, é como segura a mim mesma. Eu sou tão você que quando o vejo estou vendo a mim mesma, estranho né? Mas é a verdade nobre amigo. Amigo. Número cinco: DETESTO ser sua amiga. Não sei como não pareço ser louca ao seu lado – ou pareço e você não ver – serio, é absolutamente chato. Queria ser mais, queria ser aquela que você liga preocupado quando não lhe responde, aquela que você sorri quando a ver chegar, aquela que você faz de tudo o possível e o impossível para ver sorrir. Aquela cujo o nome soar doce na sua voz, – mas detesto sua voz – aquela que sempre pode dormir com você. Aquela que as vezes faz birra só para você dizer que só existe ela em sua vida, aquela que você quer ter filhos, casar, morar junto, viver junto. É, eu realmente detesto ser sua amiga. Número seis: Detesto seu jeito, suas manias e o que faz. Cara, isso eu detesto mais que todos os outros itens. Odeio quando você me pede algo e não consigo negar, quando você tem mania de mexer no cabelo, quando ri das minhas piadas sem graças, quando tentar me fazer ver que sou especial, quando faz carinho em mim. Detesto tudo que você faz, detesto mesmo. Detesto quando joga a cabeça pra cima quando estar rindo, quando me abraça enquanto estou distraída, quando faz piada sobre meus ciúmes ou quando tá com ciúmes. Detesto quando você não me dar satisfações ou me deixa sem notícias. Detesto parecer insignificante pra você. Detesto tanto você porque não consigo parar de pensar em você.