Et Si Tu N'existais Pas

Et Si Tu N'existais Pas

Local ignorado, data desconhecida.

Caro amor da minha vida, daqui até a eternidade,

É minha imaginação, e ela é só minha. Estás lendo esta carta escutando a minha voz. Como acontece nos filmes. E a cada frase ou mesmo palavra, meu rosto e outras imagens ilustram tua leitura.
Eu não sei por que razão, e ela deve existir, não nos encontramos no começo de nossa história. Pelo número de páginas que já virei devo estar terminando a trilogia.
Eu espero que haja tempo para você se apropriar dela. Que aprove o roteiro e o argumento principal. E que a trilha sonora seja do teu agrado. Tentei ser eclética, sem perder a estética e a compostura. Do clássico ao pop; dos “Embalos de Sábado à Noite” ao “Sonho de uma Noite de Verão”.
Em nossa trama, tudo é possível. Até beijar você no escuro do cinema. Faz parte também um ou outro drama, como aquela cena em que eu chego na estação atrasada porque o trânsito estava horrível, e eu tive que completar o percurso de bicicleta, e o trem já estava partindo. Então você me vê da janela e...
Bem, ficou um pouco pastelão, eu admito.
É que tenho uma queda por comédia romântica. E se for ao estilo musical meu bem, tenha certeza, nós arrasamos!
É claro que não deixei o mistério de lado. Quer mais ficção que viver um amor em cada continente, ver o pôr do sol do oriente e amanhecer no ocidente?
Não que eu tenha pretensão mas nossa história escrita, chegaria a best-seller rapidamente. Então, assim, se você não demorar muito posso(?) esperar pelo resto da minha vida para matar a saudade que sinto. Dos beijos que nunca demos, das promessas que nunca fizemos e dos lugares onde nunca fomos. Para te dizer pessoalmente que sempre senti a tua falta. Até mesmo antes de te conhecer.

Sônia Finardi

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