MEU GRANDE AMOR
Mesmo depois das mágoas, choros e recentimentos, confesso que ainda me lembro das tardes em que passávamos juntos deitados na sua pequena cama de "solteiro" que cabia nosso amor de "casal". Lembro-me das noites em que assistíamos o futebol mesmo eu odiando, ou uma sessão de piadas no comedy central, lembro-me quando me pedia com aquela cara de cão sem dono pra fazer suas pipocas doces e coloridas, e admito isso me faz ter a sensação de ter um inverno de -1° dentro do peito.
Eu ainda imagino você chegando e me pedindo um cafuné, me olhando com aqueles olhos doces e com um sorriso encantador, depois de dizer um baixo e suave "eu te amo". Eu lembro-me, lembro-me, mas não passam de lembranças, lembranças as quais eu guardo no coração, lá no cantinho que as vezes eu até finjo ter esquecido, mas na calada da noite eu ainda olho pra elas, como uma mãe que visita o quarto dos seus filhos a noite pra saber se eles estão respirando.