HellParis-75016

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HellParis-75016

  • Formato(s) de venda:
  • Tradução: Julio Bandeira
  • Páginas: 208
  • Gênero:
  • Formato: 14 x 21
  • Lançamento: 10/12/2003

Hell, a protagonista, narra suas aventuras em meio a burgueses e aristocratas do bairro 16ème. (o 75016 do título), em Paris. Ela é uma entre tantas jovens a ter a ausência dos pais compensada pelo dinheiro. Usa sandália Prada e bolsa Gucci para almoçar com as amigas em restaurantes badalados ou cheirar cocaína em boates freqüentadas por jovens milionários de várias nacionalidades muito à vontade numa Europa globalizada. As madrugadas culminam com sexo casual e ecstasy.

A juventude dourada é desbotada pela descrição de tipos como a amiga obrigada a lidar com o escândalo do pai, traficante de armas. Ou pela colega sempre às voltas com o namorado que faz tráfico de prostitutas do Leste europeu. Elas abusam do Prozac e das plásticas. Eles vão e vêm em Porsches e Ferraris, perpassando endereços tão chiques quanto o bulevar Saint-Germain, a Champs-Elysées e a rua Faubourg-Saint-Honoré. A geografia da alta costura parisiense abriga um submundo de gente fútil e infeliz.

Entre idas e vidas, Hell conhece um jovem e tem um instante de humanidade, mas os dois são desiludidos demais. O relato de Lolita Pille choca pelo excesso de sinceridade. Nada é mascarado. Ela faz uso do cinismo para abalar estruturas sociais seculares, num texto tão ágil e frenético quanto a vida da personagem/autora. Assume que é mundana, indo além de si, do diário, para lançar um olhar crítico, quase antropológico, sobre uma geração privilegiada.

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Lolita Pille

Lolita Pille

A autora escreveu Hell aos 18 anos “num instante de rebeldia” (segundo ela), num esforço de desmascarar a futilidade da geração e da classe social a que pertence. O tom de escracho e denúncia do livro desagradou a inúmeros amigos, que se sentiram devassados por Lolita Pille e a baniram do convívio social.

Ela se mudou da luxuosa casa dos pais para um apartamento no bairro do Marais, desistiu das noitadas e deu continuidade à bem-sucedida carreira literária, lançando Bubble gum e Cidade da penumbra (publicados pela Intrínseca). Além disso, escreve crônicas na revista Femmes.


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