Bastidores

Sobre meu amor por todo o universo Lara Jean

29 / agosto / 2017

*Por Beatriz Cajaty

“Desta vez, é de verdade; este é mesmo o fim para mim e para Lara Jean. Mas ela vai continuar viva no meu coração, pois sempre há uma curva na estrada.”

É assim que Jenny encerra os agradecimentos de Agora e para sempre, Lara Jean. E é assim que eu começo meu texto. Caso você não tenha lido os dois primeiros livros, já deixo aqui minha dica: aproveita para ler todos de uma vez. Eles são super conectadinhos, e você não precisa se preocupar com cancelamento nem final em aberto.

 

Meu último texto no blog foi sobre o livro Uma pergunta por dia, e eu vou acabar me repetindo um pouco. Nele, eu falava sobre como aquele livrinho que funciona como uma espécie de registro de memórias me levava para minha infância e adolescência. Lara Jean faz o mesmo. Filmes românticos não costumam me atrair, mas definitivamente não posso falar o mesmo sobre os livros. Sempre fui uma leitora voraz, principalmente de romances adolescentes. Sou uma tradicional ariana com ascendente em escorpião, mas minha lua em câncer deve ter alguma parcela de culpa nisso. Tenho certeza!

Eu já escrevi sobre o primeiro livro, Para todos os garotos que já amei, e vocês podem rever esse texto aqui. Desde que o primeiro livro acabou eu fiquei toda PELAMORDEDEUSJENNYLANÇALOGOESSELIVROMULHER. Por isso adorei o convite para falar sobre a conclusão da série. <3

Empolgada demais da conta seria a reação adequada

Uma coisa que eu sempre amei na Jenny Han é que ela faz parecer “fácil” escrever. Ela descreve de forma tão simples os problemas reais enfrentados pelos personagens, e eu amo como eles não se repetem em todos os livros. Não suporto aquelas histórias com vários volumes e sempre os mesmos problemas. Mas a facilidade não retira a emoção, de jeito nenhum! Acho que não levei mais que três dias para ler cada um dos três livros.

Eu estou me controlando para não soltar nenhum spoiler, porque preciso falar sobre o último livro. Mas mesmo que você não tenha lido os dois primeiros, me dá a mão e confia que não vou contar nada que não deveria.

Lara Jean é uma personagem real com problemas reais. Se você não for a Lara Jean da sua história, você com certeza conhece alguma Lara Jean. Eu me identifico com a própria em diversos momentos e, em outros, nem tanto. Ela não é a mocinha inocente e ingênua que precisa que façam tudo por ela, mas também não é a mulher independente que recusa a ajuda de todos. Ela tem sonhos, medos, expectativas, frustrações e alegrias.

Mesmo quando tudo estava indo pelos ares nos dois primeiros livros, ela ainda estava na sua zona de conforto com seus amigos, sua família e o dia a dia na escola. Agora ela vai perceber mudanças reais com o término do ensino médio, começando pela escolha da universidade.

Lara começa a se arriscar mais e se tornar mais independente, mas nem por isso abandona suas deliciosas receitas. E Margot, que sempre teve tudo sob controle, passa a se sentir uma estranha na própria casa por ver a vida acontecendo mesmo sem ela estar por perto.

(O amor entre irmãs ainda é uma das minhas coisas favoritas nessa série)

Além disso tudo, as histórias de Jenny são sempre repletas de trechos maravilhosos, e este livro não poderia ser diferente:

“Você não pode protegê-lo de se magoar, querida, não importa o que faça. Ser vulnerável, deixar pessoas se aproximarem, se magoar… tudo isso é parte de estar apaixonado.”

Mas tem uma frase que eu levei para a vida e já usei tanto que perdi a conta: “Nunca diga não quando quer mesmo dizer sim.”

Tomei isso como lema pra mim porque é pura verdade. Fiquei emocionada com o encerramento da história, mas o livro termina de forma bem redondinha, e eu consigo imaginar os problemas que Lara vai enfrentar daqui pra frente, porque são problemas que a gente enfrenta ou já enfrentou.

Vou encerrar meu texto da mesma forma que Jenny, com o trecho do livro Anne de Green Gables (que inclusive resultou em uma série MARAVILHOSA na Netflix):

“Tive momentos esplêndidos”, concluiu ela com alegria, “e sinto que isso marca uma época da minha vida. Mas o melhor de tudo é voltar para casa.”

— Anne de Green Gables, L.M. Montgomery

Ah! Quase ia esquecendo, mas enquanto escrevia este texto montei uma playlist com músicas inspiradas em Agora e para sempre, Lara Jean, que você pode ouvir aqui.

E aí, você conhece alguma Lara Jean?

 

*Beatriz Cajaty (se pronuncia igual a Jequiti) odeia batata, acha que Silvio Santos é o avô que o Brasil merece; origami é a forma mais pura de representação de amor por papelaria. Encontrou seu Peter Kavinsky, ainda que ele não tenha sido seu amigo de infância e o meio tenha sido mais tecnológico. Mas a sensação foi a mesma.

Comentários

4 Respostas para “Sobre meu amor por todo o universo Lara Jean

  1. Eu sou a Lara Jean da minha vida e eu to muito insegura com Agora e Para Sempre pq não gosto de chorar (MENTIRA) e sinto que vou fazer muito isso

  2. Acabei de ler o livro (sim, estou atrasada, mas valeu a pena deixar para agora).
    Posso dizer que chorei muito com os capítulos finais, mais precisamente, os dois últimos <3
    Em vários momentos me senti a Lara Jean, sem sombra de dúvidas, seja nas inseguranças ou até mesmo nas receitas haha.
    Posso dizer que a autora soube encerrar a trilogia de uma maneira tão suave e que me fez imaginar como seria a continuação (se existisse uma haha).

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