testeOs melhores momentos de Jojo Moyes no Brasil

Apesar de ter ficado apenas três dias no Brasil, Jojo Moyes conquistou os leitores com seu jeito meigo, simpático e britânico de ser! Além do talento para criar histórias emocionantes, ela nos mostrou que tem bom humor e que pode até arriscar algumas palavras em português!

Confira algumas razões pelas quais não esqueceremos tão cedo a passagem da autora:

1- Ela declarou que nunca foi tão beijada como no Brasil. Nem em mais de VINTE ANOS de casamento!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2- Começou a amar o Rio de Janeiro nos primeiros minutos na cidade.

 

Okay, Rio. You win at views.

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3- Disse que não existem leitores mais carinhosos do que os brasileiros! Em apenas uma sessão de autógrafos em São Paulo, ela ganhou mais presentes do que em todas as sessões de que já participou na Inglaterra!

4- Confessou que chorou por quatro dias seguidos após escrever a carta de Will para Lou em Como eu era antes de você. Vocês achavam que eram #diferentões por terem usado mais de cem lencinhos?

 

5- Revelou que gostaria de ser amiga de Jessie, de Um mais um, porque acredita que é a personagem mais legal de todas!

 

 

6- Informou que os livros Um mais um e o conto Paris para um virarão filmes em breve!

 

7- Ficou emocionada quando viu as leitoras vestidas com a meia-calça de Lou na sessão de autógrafos. Jojo contou que já teve uma meia de abelhinha quando era mais nova!

 

Thanks to everyone who came to @saraivaonline in Sao Paolo tonight. Loved those stripy tights…. (photo by the amazing @cionajk)

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8- Em São Paulo, Jojo Moyes ficou em dúvida se estava vivendo uma cena do filme Cães de Aluguel ou sendo acompanhada por seguranças depois de furtar uma loja!

 

So tonight was a bit Reservoir Dogs… thank you @saraivaonline for an amazing event in Sao Paolo.

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=> Confira as fotos da sessão de autógrafos em São Paulo!

testeO que significa se sentir vivo?

Quando Matt tinha 24 anos, seu corpo decidiu que era hora de parar de viver.

Foi algo súbito: um mal-estar que surgiu certo dia enquanto ele estava em sua casa em uma ilha paradisíaca na Espanha e não dava sinais de que iria embora. O sofrimento era tamanho que Matt decidiu que o penhasco ao lado de sua moradia seria palco para o fim. Vinte passos, e tudo estaria acabado. Só que o último passo nunca foi dado, e ali começou uma luta diária contra a depressão. Razões para continuar vivo é o resultado dessa batalha. Um livro sobre como viver melhor, amar melhor e se sentir confortável consigo mesmo. Mais do que um livro de memórias, é uma obra sobre como aproveitar seu tempo no planeta Terra.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão afeta 350 milhões de pessoas no mundo todo e estima-se que cerca de 800 mil acabem cometendo suicídio — atualmente a segunda principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Com delicadeza e inspiração, Matt Haig conta no livro como fez para superar as estatísticas e encontrar novamente as razões para continuar vivo.

Razões para continuar vivo chega às livrarias em 26 de maio. Leia um trecho abaixo:

 

“Quando eu tinha 24 anos, eu quase me matei. Na época, eu morava em Ibiza, Espanha, na parte tranquila da ilha. Minha casa era bem perto de um penhasco. Em meio à neblina da depressão, caminhei até a beirada do precipício e olhei para o mar, para a costa acidentada de pedra calcária, pontuada por praias desertas. Era a paisagem mais linda que eu já tinha visto, mas na hora aquilo não tinha importância. Eu estava muito ocupado tentando reunir a coragem que eu precisava para me jogar dali. Não me joguei. Em vez disso, recuei e vomitei tudo que estava sentindo.

Mais três anos de depressão se seguiram. Pânico, desespero, batalhas diárias.

Mas eu sobrevivi. Naquela época, eu tinha certeza de que não conseguiria passar dos 30. A morte ou a loucura total pareciam mais realistas. Já passei dos 40. Hoje vivo cercado por pessoas que amo, fazendo um trabalho que nunca imaginei que faria e passo meus dias escrevendo.

Fiquei muito feliz por não ter me matado, mas continuei me perguntando se havia alguma coisa para dizer às pessoas que estão passando por esses tempos sombrios.

Essa é minha tentativa.”

testeAs obsessões que mudaram o mundo

Por Nina Lua*

Xícara de porcelana da primeira fábrica do Ocidente, c. 1815

Nós costumamos encarar a história da humanidade como uma sucessão de grandes acontecimentos e marcos importantes. Mas e se pensássemos que, na verdade, o mundo de hoje é consequência de atos e decisões de indivíduos como nós, com interesses, gostos e sentimentos únicos? É isso que Edmund de Waal faz em O caminho da porcelana. Assim como no best-seller A lebre com olhos de âmbar, o autor parte de um assunto aparentemente restrito para falar de algo bem maior: como a obsessão das pessoas pela arte, pela riqueza e pelo poder engendrou transformações através de séculos e continentes.

De Waal começa por sua própria história. Além de escritor, ele é artista plástico. Teve a primeira experiência com cerâmica aos cinco anos, quando acompanhou o pai a uma aula de artes. Ali nasceu seu primeiro pote e a obsessão de uma vida inteira. Essa tigela era de argila marrom, do tipo com que costumamos brincar na infância, mas foi pintada de branco. A história de De Waal com o branco teve uma reviravolta na adolescência, quando ele descobriu a porcelana. Seguiram-se vários anos de tentativas (na maioria frustradas) de produzir peças que fossem capazes de gerar dinheiro para que ele se sustentasse e, ao mesmo tempo, trazer satisfação, um sentido para a vida, um senso de propósito. De Waal define melhor do que ninguém essa busca: “Guardo comigo cada ajuste emocional pelo qual passei enquanto aprendia a fazer algo que eu fosse capaz de amar.”

Detalhe da exposição breathturn, de Edmund de Waal, 2013

O amor — ou a obsessão — do autor com a porcelana o leva a uma jornada para explorar a história desse material tão precioso. A viagem começa na China, onde a porcelana foi criada há um milênio, e se estende por lugares como a Itália, a França, a Alemanha, a Inglaterra e os Estados Unidos. Ao longo do caminho, De Waal encontra histórias que ilustram o melhor e o pior da humanidade. Por exemplo, na China, o imperador Yongle, que reinou entre 1402 e 1424, ascendeu ao poder usurpando o trono do sobrinho e assassinando toda a corte, em um verdadeiro banho de sangue. Para se purificar, e acreditando que o branco faria com que as almas daqueles que tinha matado subissem mais depressa aos céus, ele encomendou uma quantidade abissal de porcelana, erguendo um pagode gigantesco feito do material.

Xilogravura chinesa mostrando a preparação de moldes de porcelana, 1815

Praticamente todos os grandes comandantes do mundo encararam a porcelana como um símbolo de status. Luís XIV, Mao Tsé-Tung, Stálin — todos usaram a porcelana para atestar seu poder. Na Alemanha nazista, prisioneiros de um campo de concentração eram obrigados a fabricar pequenos objetos de porcelana para que os líderes do partido presenteassem uns aos outros — soldadinhos, cervos, coelhinhos, cachorrinhos.

WARSZAWA. SKLEP Z PORCELANA FIRMY "SS-PORZELLAN-MANYFAKTUR ALLACH" W MONACHIUM. ADM SYG II-7131 NR. NEG. R 16319

Loja de porcelana Allach, que vendia peças produzidas por prisioneiros de um campo de concentração, 1941

A história da porcelana acompanha os fluxos do poder, mas também tem a ver com a genialidade de indivíduos. Durante séculos, apenas a China sabia o segredo para a fabricação do material. Mas tudo mudou na Alemanha do século XVII. Certo dia, surgiram rumores de que um jovem aprendiz de boticário, Johann Friedrich Böttger,  tinha conseguido criar ouro a partir de outras substâncias. Fascinado pelo boato e com a intenção de encher os cofres, o rei aprisiona o rapaz e ordena que ele repita a façanha. Anos se passam sem qualquer sucesso, até que, junto com um matemático chamado Ehrenfried Walther von Tschirnhaus, Böttger consegue criar não ouro, mas porcelana. É o suficiente para o rei.

E assim surge a primeira fábrica de porcelana no Ocidente. De Waal vai à Alemanha e vê uma das primeiras peças criadas pela dupla de alquimistas. Com ela nas mãos, resume o sentido de seu caminho da porcelana: “Assim é o mundo. Pode ser explicado, mas continua sendo extraordinário. Em minhas mãos, há uma xícara branca. É modesta, mas este é meu momento alquímico, o instante no qual, pela primeira vez, tenho clareza sobre como uma ideia se concretiza.”

 

Ficou fascinado pela jornada inusitada de De Waal e quer mergulhar em seu relato sobre como a paixão e a obsessão mudaram vidas e transformaram o mundo? Então leia O caminho da porcelana, lançamento de maio da Intrínseca.

 

* Nina Lua é editora assistente de livros estrangeiros da Intrínseca.

 

teste11 livros para todo tipo de mãe

Seja empreendedora, romântica ou independente, sugerimos livros para um dia das mães especial! Confira nossa seleção de títulos para 2017!

Mães românticas: Livros de Jojo Moyes

Depois da visita da autora ao Brasil no começo de maio, é impossível não indicar para as mães de todos os tipos os livros de Jojo Moyes. Seja o sucesso Como eu era antes de você e sua sequência Depois de você, ou a coletânea de contos Paris para um, alguma das obras da britânica vai encantar sua mãe.

>> Saiba mais sobre os livros de Jojo Moyes!

 

 

Mães que gostam de listas: Uma pergunta por dia para mães

Toda mãe gosta de acompanhar as transformações pelas quais passa o filho ou a filha ao longo dos anos. Mas e quanto aos momentos simples, que passam despercebidos, sem espaço no álbum? Em Uma pergunta por dia para mães, as pequenas situações do cotidiano são registradas todos os dias ao longo de cinco anos, criando um livro de memórias único.

>> Conheça também Uma pergunta por dia

 

Mães que gostam de ciência: Livros de Stephen Hawking

Para as mães que não gostam de romance e drama, que tal ler sobre os mistérios do universo? O físico Stephen Hawking mostra o lado mais legal da ciência em O universo numa casca de noz, no recente Buracos negros ou no best-seller Uma breve história do tempo.

>> Leia um trecho de Buracos negros

 

Mães que curtem aventuras: série O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares

Viagens no tempo, mulheres que se transformam em aves, crianças com dons inusitados e monstros à espreita. Bem-vindo ao lar da srta. Peregrine para crianças peculiares, um fascinante mundo novo pronto para ser descoberto.

>> Saiba mais sobre a série!

 

Mães que… ( ͡° ͜ʖ ͡°): Grey

Christian Grey controla tudo e todos a seu redor: seu mundo é organizado, disciplinado e terrivelmente vazio – até o dia em que Anastasia Steele surge em seu escritório, uma armadilha de pernas torneadas e longos cabelos castanhos. Christian tenta esquecê-la, mas em vez disso acaba envolvido num turbilhão de emoções que não compreende e às quais não consegue resistir.

>>Leia um trecho de Grey

 

Mães que gostam de segundas chances: Antes que eu vá

Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no colégio que frequenta. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, acaba sendo seu último dia de vida – mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. Ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha vai tentar desvendar o mistério que envolve a própria morte – e, finalmente, descobrir o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.

>> Conheça a edição especial de Antes que eu vá

 

Mães que gostam de história: O Papa e Mussolini

Desafiando a narrativa histórica convencional que retrata a Igreja Católica como forte opositora do regime fascista, o livro traz uma visão cruelmente verdadeira sobre um capítulo obscuro da história mundial, fartamente documentada, narrada com extrema perícia e reconhecida, em 2015, com o Prêmio Pulitzer de biografia.

>> Leia um trecho do livro

 

Mães que gostam de suspense: Pequenas grandes mentiras

Todos sabem, mas ainda não se elegeram os culpados. Enquanto o misterioso incidente se desdobra nas páginas de Pequenas grandes mentiras, acompanhamos a história de três mulheres, cada uma diante de sua encruzilhada particular. Best-seller do The New York Times, o livro foi adaptado para a TV pela HBO.

>> Saiba mais sobre Big Little Lies!

 

Mães empreendedoras: Sprint

Como inovar? Por onde começar? Como montar uma boa equipe? Que forma terá uma ideia quando for colocada em prática? Sprint serve para equipes de todos os tamanhos, de pequenas startups até os maiores conglomerados, e pode ser aplicado por qualquer um que tenha uma grande oportunidade, problema ou ideia e precise começar a trabalhar já.

>> Leia um trecho

 

Mães que gostam de thrillers: Quem era ela

É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas, pouco depois de se mudar, descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que antes parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador.

>> Leia um trecho

 

Mães independentes: livros de Elena Ferrante

Com narrativas poderosas, a misteriosa escritora italiana Elena Ferrante é uma das principais vozes femininas da atualidade. Em seus livros A filha perdida e Um amor incômodo, a autora explora questões sobre o que é ser mulher na sociedade do mundo moderno.              
>> Conheça os livros da autora

testeElon Musk, o Homem de Ferro que quer viver em Marte

Por Rennan Setti*

Foto: Getty Images /Justin Sullivan

O futuro do automóvel protagonizou o pregão do último 3 de abril em Wall Street. Naquele dia, o valor de mercado na Bolsa da fabricante de carros elétricos Tesla superou o da Ford, que inventou essa indústria há mais de um século. A ultrapassagem foi entendida não apenas como o marco de uma nova era automotiva, mas também como a redenção de Elon Musk face aos céticos que sempre questionaram suas mirabolâncias. Aos 45 anos e dono de uma fortuna de US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões), o executivo-chefe da Tesla é uma espécie de enfant terrible do Vale do Silício, cuja audácia goza de celebridade proporcional ao espanto que provoca. 

Desde que deixou sua África do Sul natal, no início dos anos 1990, Musk estabeleceu reputação de empreendedor em série. Após ter participado do comando do sistema de pagamentos on-line PayPal — cuja venda ao eBay lhe renderia US$ 165 milhões —, Musk decidiu criar startups que desafiam alguns dos setores mais conservadores da economia. Além da Tesla, Musk fundou a SolarCity com o objetivo de popularizar painéis solares como fonte de energia, enquanto a SpaceX tem a ambição de viabilizar a indústria de viagens interplanetárias.  

Mas Musk chama mais atenção pelo que ainda sonha conquistar. Em setembro do ano passado, deixou boquiaberta a plateia do Congresso Internacional de Astronáutica ao anunciar planos concretos de levar humanos a Marte a partir de 2024. É dele também o projeto do Hyperloop, sistema de transporte por meio de um túnel com pressão reduzida capaz de fazer o trajeto entre Los Angeles e São Francisco em meia hora. No fim de março, o The Wall Street Journal revelou que Musk lançou a Neuralink, companhia dedicada à implantação de eletrodos no cérebro de pessoas, o que permitiria aos usuários interagir com máquinas e com a internet por meio de pensamentos.  

Nada mal para alguém que superou o bullying implacável na escola (após surras sucessivas, precisou fazer uma plástica no nariz), a malária e sinais iminentes de falência, como narra o jornalista Ashlee Vance na biografia Elon Musk. É bem verdade que ainda pairam suspeitas sobre seu sucesso. A maioria de suas empresas, apesar de inovadoras, ainda são máquinas de queimar dinheiro, enquanto os críticos duvidam que seus planos mais heterodoxos serão concretizados. Sua personalidade é controversa. Vance conta no livro que Musk questionou o comprometimento de um funcionário que faltou a uma reunião para acompanhar o nascimento do filho (ele nega), e o empreendedor já se divorciou três vezes, duas delas da mesma mulher, o que garantiu presença constante em tabloides. Também causou polêmica o fato de ele atuar no conselho econômico de Donald Trump, que se elegeu afirmando que as mudanças climáticas são uma falácia e prometendo retirar incentivos à energia limpa, o contrário de tudo o que acreditam os donos do Tesla Model S e dos painéis da SolarCity. 

A favor de Musk estão seu endereço (o Vale do Silício é compreensivo com fracassos e paciente com inovações que custam a dar resultados) e a comunidade de fãs que já estabeleceu. Musk inspirou o Tony Stark “Homem de Ferro”, chegando a fazer uma aparição na sequência do filme, e é considerado por admiradores o sucessor natural de Steve Jobs. Para saber se suas apostas vão dar tão certo quanto a Apple, será preciso esperar, mas ter ciência delas é incontornável no universo tecnológico. Conheça a seguir um pouco mais sobre suas iniciativas.     

 

Tesla, de beira do precipício a modelo de futuro

Model S (via Tesla Motors)

Batizada em homenagem ao inventor Nikola Tesla, a companhia de Palo Alto não foi fundada por Musk mas se tornou indissociável dele. A Tesla nasceu em 2003 como um projeto do veterano Martin Eberhard, com o objetivo de criar veículos que utilizem como combustível apenas energia elétrica.

Em 2008, quando estourou a crise financeira global, a empresa estava à beira da falência, e Musk teve que tirar dinheiro do próprio bolso para sustentá-la. Aquele ano, aliás, seria lembrado por Musk como o pior de sua vida (além da Tesla, a SpaceX e o casamento de Musk também passavam por sérias dificuldades). Mas Musk, que passou a ocupar o cargo de CEO, conseguiu reequilibrar a empresa. Em 2010, ela foi a primeira montadora desde a Ford, em 1956, a lançar ações na Bolsa americana, levantando US$ 226 milhões.

 

Dificuldades em inovação solar

SolarCity (via Forbes)

Criada em 2006, a SolarCity produz e presta serviços de instalação e manutenção de painéis de energia solar. Musk teve a ideia original e ofereceu parte do capital inicial para a companhia, que seria fundada por seus primos Lyndon Rive e Peter Rive. Musk ocuparia o cargo de presidente do conselho de administração.

Hoje, a SolarCity é a maior empresa do segmento nos EUA, com mais de 300 mil clientes, mas continua enfrentando dificuldades para sair do vermelho. Em oito dos últimos 12 trimestres, a firma registrou prejuízo. A dramaticidade da situação levou a Tesla a adquiri-la no fim de 2016, por US$ 2,6 bilhões. 

 

O caminho mais rápido para o planeta vizinho

Nasa/Getty Images

Desde criança, Musk sonhava com o espaço. A SpaceX foi fundada por ele em 2002 para satisfazer esse fascínio. Seu principal objetivo é reduzir drasticamente o custo de viagens espaciais e, em algum momento, permitir a colonização de Marte. Na verdade, Musk sempre condicionou a abertura do capital da SpaceX ao pleno funcionamento de uma espaçonave capaz de levar pessoas àquele planeta.

A companhia se estabeleceu como uma importante prestadora de serviço para a Nasa. Em 2012, a SpaceX se tornou a primeira firma privada a levar uma cápsula à Estação Espacial Internacional. Para o futuro, a companhia tem mais de 70 lançamentos planejados, uma promessa de US$ 10 bilhões em contratos. Apesar de falhas notáveis em alguns lançamentos, a SpaceX obteve um feito em março deste ano: lançou o primeiro foguete reutilizado da história, o Falcon 9. A façanha é a chave para permitir o barateamento das viagens espaciais e, logo, a eventual colonização de Marte.        

Musk estima que um foguete à altura estaria pronto em 2024 — e deseja que a primeira espaçonave se chame “Heart of Gold” em homenagem ao Guia dos Mochileiros da Galáxia. Cada voo poderia levar cem passageiros, e as viagens ocorreriam a cada 26 meses, quando a Terra e Marte estão mais próximos entre si. O empreendedor projeta que o preço por viagem poderia cair para algo entre US$ 100 mil e US$ 200 mil por pessoa e que cerca de 10 mil voos seriam necessários para estabelecer uma colônia autossuficiente no planeta vizinho.  

 

Insurgência contra a distopia da inteligência artificial

Shutterstock

O fascínio de Musk por Marte não é resultado apenas de literatura de ficção científica em excesso. Na verdade, o empresário realmente acredita que a raça humana corre risco de extinção na Terra, e, dessa forma, a colonização de outro planeta poderia ser uma garantia de sobrevivência. Apesar de ser um notório entusiasta de tecnologias futuristas, Musk teme que os computadores exterminem os seres humanos.

Por isso, no fim de 2015, ele fundou a OpenAI, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é desenvolver uma plataforma de inteligência artificial que não caia na tentação de se virar contra seus criadores e aniquilar a humanidade. O objetivo da organização — que conta com o suporte de outros magnatas, como Peter Thiel (PayPal) e Reid Hoffman (LinkedIn) — é disponibilizar ferramentas de IA de código aberto que atendam esses requisitos. 

Saiba mais sobre a vida e as realizações do homem mais audacioso do Vale do Silício em Elon Musk, um exame profundo do significado da carreira de Musk para a indústria tecnológica.

 

Rennan Setti é jornalista.

testeCinco coisas que toda mulher deve saber

Nós convocamos livreiras para compartilharem suas impressões sobre Somos guerreiras, relato inspirador de Glennon Doyle Melton que reflete os desafios das mulheres do mundo todo em aceitar seus corpos, repensar seus relacionamentos, a maternidade e a busca por autoconhecimento.
 

1 – Você não precisa ser perfeita para ser feliz

Vivemos em uma sociedade em que os padrões de aceitação estão cada vez mais rígidos e impostos, e o Somos guerreiras aparece como aquele bote salva-vidas que diz “Ei, você não precisa ser perfeita para ser feliz e isso é bom, acredite”.

A história pode ser dela, mas as experiências, as dores e a autodescoberta acabam sendo de todas. A Glennon sou eu, que já sofri bullying, é aquela vizinha com problemas no casamento, é a amiga com problemas com o corpo, é a colega de trabalho que caiu de paraquedas na maternidade… Existe uma Glennon por todos os lados, em cada uma de nós.

Amanda Villanova (Saraiva Rio Sul)

 

2 – Você não precisa ter passado por uma situação para entender

A cada frase consegui imaginar alguém conhecido passando por determinada situação, e isso doeu. Doeu, pois sei que é real, doeu, pois me lembrei de todas as vezes que engoli palavras para agradar a alguém.

Ninguém deve dizer como devo rir, sentar ou me comportar, e a Glennon me mostrou que essa coragem de dizer basta quando tudo começa a me sufocar é o que me mantém de pé, me faz ainda ser minha.

Nara Peres (Nobel West Shopping)

 

3 – Você não precisa seguir um padrão para ser “aceita”

O que é padrão? Quem inventou isso? Por que tenho que segui-lo para ser aceita? Aceita por quem?

A questão de todo o desabafo é relatar o quanto estamos contaminados por uma sociedade ilusória onde ser magro resume tudo o que você é. Você poder ser um ph.D., mas se você estiver acima do peso ninguém te leva a sério (lembrando que isso serve para tudo que foge do “padrão”). Você pode ser uma pessoa incrivelmente cruel e desumana, porém, se estiver no “padrão”, ok, relevem, está tudo bem… Sério, é ridículo…

Somos todas guerreiras porque travamos uma luta contra nós mesmas e o mundo todos os dias e no final de cada dia sobrevivemos!

Isis Silva  (Nobel Top Shopping)

 

4 – Todas as mulheres são guerreiras. Admire e respeite suas lutas

Somos guerreiras é um livro que toca e emociona, pois aborda assuntos que toda mulher vivencia ou já vivenciou alguma vez na vida. É impossível ler e não sentir empatia pela autora, seguida de muita admiração pela sua força. É aquele livro que, mesmo depois de tê-lo finalizado, não desgruda de você.

Isabella (Saraiva Rio Sul)

 

5 – Seja SEMPRE você mesma

Somos guerreiras é um livro de superação de vida, de autoconhecimento, de descobertas. A Glennon é uma mulher que lutou por sua família e por ela mesma. E ela descobriu que a beleza exterior não é o que mais importa na vida da mulher. E de nada adianta ser o que os outros querem que você seja, se você não é feliz assim, porque é preciso que você se ame primeiro e que seja feliz consigo mesma.

Virgínia Farias (Saraiva Rio Sul)

 

Já leu Somos guerreiras? Mande nos comentários seu depoimento.

testeMulheres atraídas pela morte

Por Vanessa Corrêa*

Rosamund Pike e Ben Affleck em cena de Garota exemplar

O que você seria capaz de fazer para morar em uma casa perfeita?

Jane estava disposta a fazer uma série de mudanças na vida para se tornar a moradora da casa de número 1 da Folgate Street, em Londres. Ela abriu mão de ter animais de estimação, de deixar a louça do jantar na pia para ser lavada no dia seguinte ou de espalhar suas coisas pela casa. Aceitou se submeter a testes psicológicos e ter seus hábitos e sua saúde monitorados. Confiou em um sofisticado sistema de tecnologia capaz de sugerir o melhor momento para acordar ou a melhor seleção musical para ouvir.

Para Jane, todas as regras valiam a pena, pois em troca lhe foi concedido o privilégio de viver em um lugar considerado um ícone da arquitetura moderna, a tradução máxima do conceito de minimalismo. Ela só não conseguiu ignorar a misteriosa morte da inquilina que ocupou o endereço antes dela.

Desaparecimentos e assassinatos estão no centro da trama da maioria dos best-sellers de suspense, mas é o papel de destaque dado às mulheres na história que mais aproxima Quem era ela, de JP Delaney, de alguns dos sucessos mais recentes do gênero no Brasil. Assim como Rachel, a protagonista de A garota no trem, de Paula Hawkins, Jane decide investigar por conta própria a morte de outra mulher. Ambas têm em comum também o fato de estarem passando por momentos difíceis em suas vidas: enquanto Rachel luta para superar o fim de um relacionamento amoroso e o alcoolismo, Jane se esforça para seguir em frente após dar à luz um bebê morto.

Emily Blunt em A Garota no Trem

O clima intenso de suspense e a sensação de que ninguém é quem parece ser também levaram leitores a comparar o livro de JP Delaney com o best-seller de Gillian Flynn, Garota exemplar. Emma, que divide com Jane o posto de protagonista de Quem era ela, tem muito em comum com Amy, a antiheroína de Flynn. Ambas são capazes de usar a beleza para conseguir o que querem e se envolvem em relacionamentos marcados pela obsessão.

Com personagens femininos tão complexos, era de se esperar que Quem era ela tivesse sido escrito por uma mulher, como é o caso de Garota exemplar e A garota no trem. Mas, na verdade, a história surgiu da imaginação do autor britânico Tony Strong, que em entrevista ao jornal The New York Times declarou se sentir “realmente agradecido” que muitos leitores — incluindo esta jornalista — acreditaram, pelo modo como a história foi escrita pela perspectiva de duas mulheres, que se tratava da obra de uma autora.

Tramas cheias de reviravoltas com personagens que fazem o leitor desconfiar de suas intenções a cada momento são ideais para serem levadas às telas de cinema. Dirigido por David Fincher, Garota Exemplar arrecadou quase US$ 370 milhões e rendeu à protagonista Rosamund Pike uma indicação ao Oscar de melhor atriz em 2015. A Garota No Trem, que foi dirigido por Tate Taylor e estrelado por Emily Blunt, não recebeu os mesmos elogios da crítica cinematográfica, mas também teve bom desempenho nas bilheterias.

Os direitos de Quem era ela foram comprados pelo estúdio Universal e o filme baseado no thriller de JP Delaney deve ser dirigido por Ron Howard, conhecido por sucessos como Uma Mente Brilhante e O Código Da Vinci. Ainda não se sabe o elenco, mas uma coisa é certa: os ambientes minimalistas da casa número 1 da Folgate Street terão tanto destaque quanto os personagens da história.

 

Vanessa Corrêa é jornalista, já trabalhou na Folha de S.Paulo e no portal UOL e é apaixonada por livros, cinema e fotografia.