Clóvis Bulcão

As mulheres do meu livro IV

2 / maio / 2016

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A atriz e inventora Hedy Lamarr (fonte)

A austríaca Hedy Lamarr foi um ícone do cinema internacional. Ao aparecer nua, simulando um orgasmo, no filme tcheco Êxtase, de 1933, embalou o sonho de milhões de homens em todo o planeta. Em 1949, ela apimentaria o épico Sansão e Dalila com cenas bastante sensuais para a época, especialmente por se tratar de obra com temática bíblica. Mas Hedy também ficou conhecida por sua capacidade intelectual. Em 1940, em plena Segunda Guerra, ela patenteou um aparelho que despistava as transmissões de rádio — engenhoca tida como mãe da telefonia celular.

Hedy Lamarr, personagem do meu livro Os Guinle, foi uma das muitas namoradas de Jorginho Guinle. Um caso bem diferente dos outros namoros do playbloy com estrelas de Hollywood. Afinal, o affaire com Marilyn Monroe aconteceu quando ela era uma garota de programa desconhecida. Com Rita Hayworth, o romance se deu na fase decadente da atriz. Já com Hedy, a aproximação ocorreu em 1958, com ela no auge.

Jorginho revelou em sua autobiografia detalhes sexuais de algumas ex-namoradas, mas o seu relato sobre Hedy é diferente dos demais, já que ele a considerava muito inteligente. Sem contar que ela entendia profundamente de arte moderna, o que o impressionava. Segundo ele, foi graças ao namoro com Hedy que conheceu o pintor francês Pierre Soulages, os americanos Jackson Pollock e Franz Kline, o alemão Hans Hartung, entre outros artistas.

Jorginho conta ainda que Hedy pensava em casamento. Como se sabe, isso não aconteceu. Aliás, o namoro acabou de forma abrupta. Ela lhe pediu de presente uma obra de arte bem cara do suíço Alberto Giacometti e Jorginho não pôde regalar a amada por causa de uma viagem urgente ao Rio de Janeiro. Quem quiser saber mais detalhes sobre a versão de Hedy sobre o episódio é só ler Os Guinle.

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