Cristina Tardáguila

Roubo de arte também é coisa para jovem

8 / março / 2016

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“Le jardin du Luxembourg”, 1905, Henri Matisse.

Uma das informações que mais me chocaram desde que comecei a trabalhar em A arte do descaso apareceu num livro de arte francês, desses muito bem acabados. Publicado em 2009, Le musée invisible: les chefs-d’oeuvres volé traz uma contabilidade assustadora das obras de arte roubadas por aí. São pelo menos 551 Picassos, 43 Van Goghs, 174 Rembrandts, 209 Renoirs, um Vermeer, um Caravaggio, um Cézanne e um El Greco. Isso citando apenas alguns dos pintores mais famosos. O livro crava: o museu mais completo do mundo seria o das obras de arte desaparecidas. Imagine a beleza que nossos olhos não alcançam…

Enganam-se aqueles que pensam que roubo de arte é um crime fora de moda. Eles estão em plena ascensão. Segundo dados oficiais dos Carabinieri, a força policial mais bem preparada do mundo para defender o patrimônio histórico e cultural, só na Itália são feitos, todos os anos, mais de 20 mil registros desse tipo de crime. No mundo, são cerca de 50 mil.

A taxa de subnotificação de roubos de arte ainda é altíssima porque, em geral, as pessoas não acreditam que a polícia será capaz de desvendar um caso e reencontrar o que foi roubado. Sempre há homicídios em aberto esperando solução. Quem se preocuparia com uma “simples pintura” diante disso?

Faço aqui um convite. Navegue pela galeria de imagens a seguir e pense no prazer de ver essas obras — todas elas desaparecidas — expostas por aí.

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“La nativité avec saint François et saint Laurent”, Caravaggio, 1609 Roubado em 17 de outubro de 1969 de um convento franciscano em Palermo, na Itália.

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