Bom, é cômico escrever uma carta para o futuro, logo eu, que não sou apegada ao devir. Afinal, o que tem de acontecer permanece em uma ordem cronológica e o amanhã só existe se viver o hoje. Ou seja, não terei o amanhã. Em meio a todos os âmbitos consigo existir, mas algo presencial apenas, devido a influências passadas e atuais as forças que existem em mim se desvairam e me tornaram um outro alguém. Mas, ainda sou uma garotinha que acredita no amor, mesmo que ele tenha sido o maior dos meus problemas, o tal complexo de abandono que me persegue. Eu não sei como estarei daqui à um ano, mas estou pronta para tudo, as pessoas entram e saem da minha vida com tanta facilidade que já virou uma rotina. Prometo não criar expectativas quanto o amanhã, mas é improvável essã promessa quando se fala de mim. Estarei terminando o terceiro período do curso que amo, talvez fui corajosã o suficiente para finalizar algumas etapas da minha vida, talvez tenha conseguido algumas realizações, quem sabe perdi alguém que amo, meu avô, mas, ele está em um lugar melhor e me amando cada vez. Não prometo ser um destaque, vou cumprir meu papel de eu e viver a vida de acordo com meus desejos, realizar os sonhos com o tempo, ser feliz mesmo na simplicidade e ser sempre uma garotinha. A minha carta para o futuro está tão confusa quanto eu nesse exato momento e uma das minhas únicas metas é me organizar emocionalmente, sou um poço de excessos e isso me bagunça inteiramente. Eu espero do amanhã está bem, mas se não estiver dessa carta vou entender o quanto sou incrível para me reerguer. Tenho muitos sonhos na gaveta e muito amor no coração. Que a longo dos anos e danos só melhore minha essência e resolva essas minhas complicações, mas que meio os anos, danos e perdas ainda seja essa garotinha que tem como lema a esperança e dilema o amor.